As quedas nos preços de produtos das indústrias de refino de petróleo e produtos de álcool, extrativas e alimentícia puxaram a deflação de 0,21% registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) de junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, o encarecimento de itens da atividade de papel e celulose impediu um recuo maior no mês.
Entre as 24 atividades industriais pesquisadas, 15 apresentaram variações positivas em junho. Os maiores aumentos foram registrados em papel e celulose (3,39%), fumo (2,00%), outros equipamentos de transporte (1,86%) e madeira (0,95%). Na direção oposta, o segmento de indústrias extrativas teve o principal recuo, -6,22%, seguido por derivados de petróleo e biocombustíveis (-2,14%) e vestuário (-1,32%).
Em relação à formação da taxa do IPP de junho, as maiores contribuições negativas partiram de refino de petróleo e produtos de álcool (-0,22 ponto porcentual), indústrias extrativas (-0,21 ponto porcentual) e alimentos (-0,09 ponto porcentual).
Por outro lado, pressionou a inflação da indústria o setor de papel e celulose (0,12 ponto porcentual).
Bens de capital
Os bens de capital ficaram 0,88% mais caros na porta de fábrica em junho, segundo os dados do IPP, que incluem a indústria extrativa e de transformação. O resultado ocorre após os preços terem subido 0,69% em maio. Os bens intermediários recuaram 0,36% em junho, ante uma queda de 0,27% no mês anterior.
Já os preços dos bens de consumo caíram 0,24%, depois de uma alta de 0,56% em maio. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram ligeiro recuo de 0,01%, ante avanço de 1,56% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuaram 0,32% em junho, ante aumento de 0,25% em maio.
A queda de 0,21% do IPP em junho teve contribuição de 0,08 ponto porcentual de bens de capital; -0,20 ponto porcentual de bens intermediários e -0,09 ponto porcentual de bens de consumo.