A maior parte dos 10 grupos de atividades monitorados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou estabilidade no número de empregos, disse nesta sexta-feira a coordenadora de pesquisas domiciliares do órgão, Adriana Beringuy.
Segundo a técnica, o único destaque na geração de empregos no trimestre terminado em junho foi o grupo Administração Pública, Saúde e Educação, cujo número de empregos subiu 4,2% ante os três meses até março, o equivalente a mais 716 mil vagas. Com isso, o grupo fechou o segundo trimestre com 17,88 milhões de pessoas em suas fileiras. Ante um ano atrás, o crescimento foi de 4,6% ou mais 793 mil empregos.
Essa alta de empregos da administração pública, educação e saúde, disse Beringuy, segue um padrão sazonal de retomada de vagas após dispensa de temporários no início do ano. Os principais vetores dentro desse grupo, acrescentou ela, foram as atividades de Saúde e Educação.
Ela destacou o "contingente expressivo" de contratados temporariamente no setor público, sobretudo nas áreas de educação e saúde de prefeituras, que cai no início do ano e se recompõe nos trimestres seguintes.
Depois, a atividade que mais gerou empregos proporcionalmente, mas ainda assim ficou dentro da estabilidade, foram os serviços domésticos, com avanço de 2,4% ou 136 mil vagas em junho ante março, o que levou o contingente empregado para 5,87 milhões. Com relação ao mesmo período do ano passado, porém, serviços domésticos tiveram ligeira queda de 0,3%, o equivalente a menos 20 mil vagas.
<b>Atividades estáveis</b>
Entre as demais atividades, cujo número de vagas Beringuy considerou próximo à estabilidade, três oscilaram levemente para baixo, enquanto outras cinco oscilaram para cima.
Entre as que viram expansão no número de postos de trabalho ante o primeiro trimestre, figuram Agricultura, com alta de 0,7% para um total de 8,3 milhões; Indústria, com alta de 0,9% para 12,7 milhões; Alojamento e Alimentação, com alta de 1,9% para 5,5 milhões; Informação e Comunicação, com avanço de 0,1% para um total de 12 milhões; e "Outros serviços", que avançou 1,6% na margem para 5,2 milhões de empregados.
As atividades que perderam postos de trabalho no segundo trimestre, foram: Construção, com recuo de 0,2%, perda de 11 mil vagas para um total de 7,1 milhões; Comércio, com retração de 0,5% ou menos 85 mil vagas para um novo total de 18,8 milhões; e Transporte, com recuo de 0,7% ou 36 mil vagas para 5,3 milhões.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE. A taxa de desemprego foi de 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014.