O tamanho da fila de desempregados ficou estável no trimestre móvel terminado em novembro, na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada somou 14,023 milhões de brasileiros no trimestre até novembro.
Com isso, a taxa de desocupação ficou em 14,1%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados segue próximo do recorde, de 14,105 milhões, registrado no início de 2017, fundo do poço da recessão de 2014 a 2016.
Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o contingente de desocupados cresceu 1,7%, com 229 mil brasileiros a mais no desemprego, variação que é tratada como estabilidade pelo IBGE. Ante um ano atrás, a alta foi de 18,2%, com 2,160 milhões de desocupados a mais.
A manutenção da desocupação em níveis elevados ocorre após sucessivos aumentos trimestre a trimestre. Os aumentos vêm se dando porque grande parte dos trabalhadores que perderam seus trabalhos, ou seja, saíram da população ocupada em meio a crise causada pela covid-19, foram para fora da força de trabalho. Por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia, muitos que perderam suas ocupações, tanto formais quanto informais, ficaram em casa e evitaram procurar novas vagas.
Pela metodologia internacional das estatísticas de mercado de trabalho, seguida pelo IBGE, só é considerado desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar ativamente um trabalho.
Assim, conforme as medidas de isolamento foram sendo flexibilizadas, ao longo do terceiro trimestre, a partir de junho, mais trabalhadores voltaram, aos poucos, a procurar trabalho. Aqueles que não encontraram foram considerados desocupados.