O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação registrou queda de 7,0% no primeiro trimestre de 2015 ante igual período do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior queda nesta comparação desde o terceiro trimestre de 2009, quando o recuo foi de 10,6%.
“Toda a indústria automotiva teve queda nesse trimestre, desde os automóveis leves. A parte da indústria pesada, que é considerada investimento, também teve queda. O BNDES, até pelo ajuste fiscal, mudou algumas regras do PSI e do Procaminhoneiro, o que afetou parte da indústria pesada. Por consequência, indústria de peças também foi afetada negativamente”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Ainda segundo a coordenadora, a redução de incentivos fiscais como um todo e a própria renda das famílias mais comprometida afetam o desempenho da indústria de transformação, que pesa 47% na indústria como um todo.
Além do setor automotivo, setores de máquinas e equipamentos e de equipamentos de informática e eletrônicos também foram destaques negativos na indústria de transformação. “Os bens de capital e os bens de consumo duráveis foram os que mais caíram”, reforçou Rebeca.
PIB do comércio
O PIB do comércio recuou 6,0% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao primeiro trimestre de 2014, a maior queda nesta comparação desde o primeiro trimestre de 2009 (-7,5%), informou IBGE.
Já o PIB de transporte, armazenagem e correio recuou 3,6% nos primeiros três meses deste ano em relação a igual período do ano passado, a maior nesta base desde o terceiro trimestre de 2009 (-5,9%).
O IBGE anunciou hoje que o PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o PIB caiu 1,6%. Com o dado divulgado hoje, o PIB acumula queda de 0,9% em 12 meses até o primeiro trimestre de 2015. Ainda segundo o IBGE, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,4 trilhão.