Sob impacto da pandemia de covid-19, o recuo de 0,9% no volume de serviços prestados em maio ante abril, que surpreendeu ao vir abaixo do piso das estimativas de analistas do mercado, foi verificada em três das cinco atividades investigadas na Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os serviços de informação e comunicação recuaram 2,5% em maio ante abril. Com isso, essa atividade acumula perda de 8,9% nos primeiros cinco meses do ano, segundo o IBGE. Os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 3,6%. Nos últimos oito meses, são 20,6% de queda.
O outro setor que apresentou resultado negativo na passagem de abril para maio foi o de outros serviços, com queda de 4,6%, a terceira seguida. Conforme o IBGE, essa atividade acumula uma perda de 12,4% entre março e maio de 2020.
Mesmo nas duas atividades com altas em maio, o desempenho foi insuficiente para recuperar perdas de meses anteriores. A atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançou 4,6% ante abril, mas acumulou um tombo de 25% em abril ante março. Já os serviços prestados às famílias avançaram 14,9%, mas veio de uma queda acumulada de 62,7% de fevereiro a abril.
<b>Série histórica</b>
Em vez de recuperação, o setor de serviços continuou marcando recordes negativos em maio, em meio à pandemia de covid-19, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. A queda de 19,5% no volume de serviços prestados em maio ante maio de 2019 foi a maior nessa ótica de comparação já registrada na série histórica da PMS, iniciada em 2012.