Ibovespa acompanha aversão ao risco no exterior e opera em queda

A aversão ao risco no mercado internacional afeta fortemente as bolsas de valores na manhã desta quinta-feira e o que se vê são quedas expressivas na Europa, Estados Unidos e também no Brasil. Por aqui, o Índice Bovespa opera com queda em torno de 1% nesta primeira hora de negociação, depois de dois pregões consecutivos de alta, mesmo com o cenário internacional já deteriorado.

Os mercados seguem refletindo temores relacionados ao repique dos casos de covid-19 na Europa, o fim do prazo para um acordo no Brexit e o impasse em torno do pacote estímulos nos Estados Unidos. Por aqui, o clima é de compasso de espera por definições na esfera fiscal e por notícias no cenário político.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro buscou capitalizar para seu governo a ação da Polícia Federal que encontrou dinheiro na residência e na cueca do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado. "A investigação de ontem é um exemplo típico de que no meu governo não há corrupção", afirmou o presidente, acrescentando que a operação da PF é razão de orgulho para seu governo. Enquanto isso, pesquisa XP Ipespe mostrou estabilidade na aprovação de Bolsonaro, em 39%.

Às 10h40 desta quinta, o Índice Bovespa tinha queda de 1,09%, aos 98.254,94 pontos, puxado principalmente pelas ações da Petrobras, que recuam mais de 2%, acompanhando as perdas do petróleo no exterior, superiores a 3%. Em Nova York, as bolsas começam o dia com perdas também superiores a 1%. Além das questões envolvendo a covid-19 e o impasse no pacote de estímulos fiscais, o mercado americano repercute negativamente os dados semanais de novos pedidos de auxílio-desemprego, que subiram a 898 mil na semana encerrada em 10 de outubro. O resultado frustrou as previsões de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda a 830 mil pedidos.

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