O Índice Bovespa começa a semana operando em terreno negativo, com queda superior a 1% e já abaixo do patamar dos 115 mil pontos. Contribuem em boa medida para esse desempenho a queda das commodities no mercado internacional, o avanço da covid-19 no Brasil e a crescente pressão sobre o governo Jair Bolsonaro por uma ação mais contundente no combate ao problema. Há ainda a pressão em câmbio e juros.
Em Nova York, os índices de ações começam o dia indicando tendências distintas, com o Dow Jones em baixa, enquanto S&P500 e Nasdaq avançam.
As atenções por lá estão concentradas no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que acaba de iniciar seu discurso há poucos minutos. Ele e o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Jens Weidmann participam do BIS Innovation Summit.
Weidmann disse que o BCE está "trabalhando seriamente" na implementação de uma moeda digital (CBDC, na sigla em inglês), como outros BCs. Ele ressaltou, porém, que não há pressa ou urgência de se adotar uma moeda digital oficial.
Às 10h46, o Ibovespa tinha 114.641,00 pontos, na mínima do dia, em baixa de 1,36%. As perdas mais pesadas eram das ações do setor de mineração e siderurgia, que refletem a queda de mais de 2% do minério de ferro na China. As ações da Petrobras também recuam, apesar da melhora dos preços do petróleo nos futuros de Nova York e Londres.
O BTG Pactual manteve inalterada a recomendação de compra (overweight) para Bolsa brasileira na estratégia para América Latina. Em relatório, os analistas do BTG afirmam que a decisão foi tomada a despeito do cenário mais desafiador e enumeram questões políticas e macroeconômicas que tornaram as perspectivas mais complexas.