Estadão

Ibovespa cede às correções e vira para o campo negativo, puxada por ações de commodities

Depois de ter subido até 0,81%, o Índice Bovespa perdeu fôlego e passou a cair no fim da manhã desta segunda-feira, 22, chegando a perder 0,44%. A queda é puxada pelas ações de commodities, devido principalmente à queda do minério de ferro, uma vez que o petróleo passou a buscar uma recuperação.

Segundo Pedro Galdi, da Mirae Asset, a manhã foi de expectativa pelas definições nos Estados Unidos (teto da dívida) e no Brasil (votação do arcabouço fiscal), mas o que se viu pela manhã está mais relacionado a uma realização de lucros, levando em conta que o Ibovespa subiu 2,10% na semana passada, acumulando 6% em maio.

A exceção nesta segunda-feira fica com as ações do setor de consumo, que sobem na grande maioria, repercutindo a queda das expectativas de inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrada mais cedo pelo boletim Focus do Banco Central.

Embora 2023 já não seja tão relevante para dimensionar a política monetária do Banco Central, o número incentivou a compra de ações de setores mais sensíveis a juros – como é o caso das empresas varejistas e as de construção.

Já o setor de mineração e siderurgia, no qual a maior parte das ações buscava alta mais cedo, passa a operar misto em dia de queda superior a 2% do minério: Vale ON (-1,44%), Bradespar PN (-1,14%) caem desde a abertura e Usiminas PNA (-1,25%) e CSN Mineração ON (-1,22%) inverteram o sinal. Já Gerdau PN (+1,50%), Metalúrgica Gerdau (+1,34%), CBA ON (+0,72%) e CSN ON (+0,07%) buscam se sustentar no azul.

"São trocas de posições, com investidores buscando lucros no curto prazo e empresas ligadas ao cenário macroeconômico se favorecendo mais, em detrimento de commodities", avalia o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti.

O Ibovespa caia 0,13% às 12h06, aos 110.600 pontos.

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