A Bovespa se ajustou nesta quarta-feira, 10, ao comportamento de seus ADRs e das bolsas internacionais nos dois últimos dias, quando não operou por causa do carnaval. Assim, trabalhou o dia todo em baixa, com destaque para as perdas firmes de Petrobras.
A bolsa brasileira fechou seu primeiro pregão desta semana em baixa de 0,53%, aos 40.376,58 pontos. Na mínima, marcou 39.960 pontos (-1,56%) e, na máxima, 40.592 pontos (estabilidade). No mês, acumula perda de 0,07% e, no ano, de 6,86%. O giro financeiro totalizou R$ 3,187 bilhões.
“Hoje é um pregão de ajuste, mas o dia é morto e a sessão, mais técnica”, comentou Pedro Galdi, analista de investimentos da WhatsCall. Ele lembrou que o mercado brasileiro não funcionou segunda e terça-feira, mas os ADRs operaram lá fora e, hoje, é natural a correção no preço das ações.
O destaque do dia, citou, foi o depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que falou sobre gradualismo no aumento dos juros norte-americanos, ponto favorável às ações. No discurso lido na Câmara dos EUA, ela sublinhou que as condições financeiras se tornaram menos favoráveis ao crescimento, ao passo que estresses na China e em outros países podem afetar a economia dos Estados Unidos.
As bolsas norte-americanas operaram em alta durante a sessão e, às 18h14, o Dow Jones cedia 0,06%, o S&P avançava 0,55%, e o Nasdaq tinha alta de 1,06%.
O preço do petróleo também ficou na mira dos agentes hoje. A commodity oscilou entre altas e baixas na Nymex, onde acabou fechando em -1,75%, a US$ 27,45 o barril, no contrato para março. Em Londres, o barril negociado para abril subiu 1,72%, a US$ 30,84.
Aqui, Petrobras trabalhou o dia todo em baixa acentuada, refletindo o tombo de seus ADRs nos últimos dois pregões em NY. A ação ON perdeu 4,23% e a PN, 5,07%.
Vale trabalhou o dia todo sem uniformidade, com a ação ON em alta. No final dos negócios, esse papel terminou em baixa de 0,29% e o PNA caiu 0,77%.