No mercado de ações, esta quarta-feira, 4, foi de correções. Depois de ter caído por quatro sessões consecutivas, o Índice Bovespa teve alta de 0,56%, aos 52.552,79 pontos. A valorização aconteceu a despeito das baixas generalizadas no mercado acionário externo, que voltou a demonstrar preocupação com o ritmo da economia global. Além da queda de 2,4% no preço do minério de ferro e da volatilidade das cotações do petróleo, os investidores internacionais repercutiram resultados corporativos negativos e dados de emprego abaixo do esperado no setor privado dos Estados Unidos em abril.
A alta da bolsa foi atribuída principalmente a uma recuperação técnica, que ficou mais nítida na análise do desempenho das ações do setor financeiro. Depois de fortes quedas desde a semana passada, hoje as ações do setor reagiram. Puxados por Bradesco PN (+4,27%), também subiram Itaú Unibanco PN (+2,46%), Banco do Brasil ON (+2,15%) e Santander Unit (+2,39%).
Mesmo com a volatilidade do petróleo, as ações da Petrobras se mantiveram em alta significativa. Pesou positivamente a notícia de que a estatal concluiu duas operações de venda de ativos, na Argentina e no Chile, no valor de US$ 1,4 bilhão. Ao final do pregão, Petrobras ON e PN tiveram altas de 1,09% e 1,43%, respectivamente.
Já os papéis da Vale lideraram as quedas do Ibovespa. Com perdas de 6,75% (ON) e 5,34% (PNA), as ações responderam à baixa do minério de ferro e à notícia de que o Ministério Público Federal cobra R$ 155 bilhões da Samarco e suas sócias (Vale e BHP) como ressarcimento pelo acidente ambiental de Mariana.