Economia

Ibovespa enfrenta volatilidade e fecha em baixa de 0,74%

A expectativa em torno da reforma da Previdência trouxe volatilidade ao mercado brasileiro de ações nesta terça-feira, 5. O Índice Bovespa alternou altas e baixas ao longo de todo o dia e terminou o pregão em queda de 0,74%, aos 72.546,17 pontos. O indicador oscilou em um intervalo bastante expressivo, de 1.847 pontos, ao caminhar entre a máxima de 74.166 (+1,47%) e a mínima de 72.318 pontos (-1,06%).

Depois de uma abertura levemente negativa, o índice registrou alta na maior parte da manhã, embalado pelas notícias apontando para a iminência de o PMDB fechar questão pelo voto a favor da reforma da Previdência. Sem grandes novidades no front, a euforia perdeu fôlego à tarde, com o mercado ávido por números que pudessem indicar as chances de o governo conseguir colocar a reforma em votação na Câmara em condições confortáveis de vê-la aprovada.

Uma forte inversão da tendência de alta foi vista na última hora de negociação, quando o mercado passou a repercutir notícias de bastidor acerca das dificuldades do governo de reunir os votos necessários para aprovar a reforma. Simultaneamente, as bolsas de Nova York acentuaram o movimento de realização de lucros, o que também contribuiu para as ordens de venda no Brasil.

“O mercado vê chances reais de aprovação da reforma, mas ainda tem uma visão bastante conservadora, vendo possibilidades baixas”, disse Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. Segundo ele, a volatilidade tende a continuar no mercado nos próximos dias, mas sem movimentos extraordinários. “Vivemos num compasso de espera”, afirmou.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, os principais destaques ficaram com Vale ON (-2,20%) e ações do setor siderúrgico, como Usiminas PNA (-4,23%), a maior queda do índice. Os papéis da Petrobras recuaram 1,06% (ON) e 1,10% (PN), apesar da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. As ações do setor financeiro também fecharam majoritariamente em queda, com destaque para Banco do Brasil ON (-1,46%). Os negócios somaram R$ 8,0 bilhões, abaixo da média diária das últimas semanas – de R$ 10 bilhões.

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