Estadão

Ibovespa fecha aos 113 mil pontos com apoio de bancos e varejo

A recuperação dos papéis de bancos sustentou a recuperação do Ibovespa nesta terça, 24. O principal índice da B3 subiu 1,16%, aos 113.028,15 pontos, mesmo diante das baixas dos preços de petróleo, que derrubou os papéis da Petrobras. Além do setor financeiro, o fortalecimento das ações ligadas ao consumo ajudou a puxar a alta da Bolsa, devido à queda generalizada dos juros futuros.

Penalizadas nos últimos pregões pelo risco em torno da sua exposição às Americanas e, ontem, por falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a ajuda a países vizinhos por meio do BNDES, as ações de bancos encerraram em alta disseminada. A expectativa de que a Justiça acate alguns pedidos das instituições na disputa com a varejista e o dia sem declarações do governo sustentaram o desempenho. E hoje, o BNDES negou que haja demanda para financiar projetos de serviços de infraestrutura no exterior.

A diluição dos temores levou o índice setorial financeiro da B3 a encerrar o dia em alta de 1,06%, com ganhos nos papéis do Santander (+3,11%), BTG Pactual (+1,20%), Bradesco (+1,12% ON, +1,07% PN) e Itaú Unibanco (+0,91%). Na contramão, Banco do Brasil cedeu 0,50%. Mais cedo, a Fitch Ratings informou que não pretende rebaixar as notas do setor devido ao caso Americanas.

Também na ponta positiva, o índice setorial de consumo avançou 2,65% hoje. O movimento refletiu a baixa generalizada dos juros futuros, que recuaram ao longo de toda a curva. Das cinco maiores altas do Ibovespa, quatro foram do setor: Magazine Luiza (+8,66%), CVC (+8,65%), Natura (+6,79%) e Petz (+6,64%).

O desempenho de empresas estatais também puxou os ganhos do Ibovespa, com altas disseminadas entre Eletrobras (+1,86% ON, +1,83% PN), Cemig (+1,88%), Copel (+1,17%) e Sabesp (+2,75%). O feriado de Ano Novo Lunar, que congelou as negociações do minério de ferro na China, não prejudicou os papéis da Vale, que subiram 1,06% na sessão.

Em contrapartida, quedas nos preços do petróleo, entre 2,33% (Brent) e 1,82% (WTI), levaram a uma baixa dos papéis da Petrobras (-0,75% ON, -0,71% PN) – responsáveis por limitar as perdas do Ibovespa ao longo dos últimos pregões. O movimento reflete também a expectativa pela reunião do Conselho de Administração, que vai analisar a indicação do senador petista Jean Paul Prates para a presidência da estatal na próxima quinta-feira, 26.

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