O Ibovespa operou o dia rondando a estabilidade, em um sinal de cautela dos investidores. Mas encontrou tração para se firmar no lado positivo uma hora antes do final do pregão desta sexta-feira, 19, e encerrou em alta de 0,32%, aos 81.219,50 pontos, fechando em nova máxima histórica. Os ganhos na semana somam 2,36%. O giro financeiro, R$ 8,4 bilhões.
O fluxo de não-residentes segue ingressando na bolsa e fez a diferença na última etapa da sessão de negócios, de acordo com um operador. As blue chips do setor financeiro, que têm peso de pouco mais de 25% no índice, se valorizaram, com ItauUnibanco PN avançando 0,81% e Bradesco, 0,71%. Também Petrobras PN ganhou 0,22%.
Segundo Aldo Muniz Filho, analista da Um Investimentos, a reserva que se viu preponderantemente durante o pregão estava relacionada à espera de uma realização de lucros mais forte no exterior, onde os mercados acionários estão “bem esticados”.
Em Wall Street, o Dow Jones ensaiou uma correção, que não se sustentou até o fim da tarde. S&P 500 e Nasdaq, pelo contrário, mantiveram o sinal positivo durante o pregão. “Como não há um gatilho nem para cima nem para baixo, ficamos aí na expectativa de realização a qualquer momento”, disse Muniz Filho.
Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura CTVM, aponta que, principalmente o Dow Jones, índice correlato do Ibovespa, oscilou em razão das incertezas sobre a aprovação pelo Senado do projeto que estende provisoriamente o teto da dívida dos Estados Unidos. “Sem notícias por aqui, lá fora oscilou e fomos junto em dia de volume menor”, disse.
Segundo o profissional da Um Investimentos, também conta a proximidade do dia 24 – quando o Tribunal Regional Federal (TRF-4) julga o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a sua condenação em primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá.