A bolsa iniciou a semana em terreno positivo, descolado da trajetória dos principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos. Segundo analistas, ainda sem um noticiário político que azede o humor pelo aumento das incertezas sobre a corrida eleitoral, a valorização do Ibovespa segue embalada pelas boas perspectivas macroeconômicas presentes para o mercado doméstico. Hoje o índice à vista fechou aos 86.900,43 pontos (+0,61%).
Para Eduardo Guimarães, analista da Levante Ideias de Investimento, as ações das empresas que fazem parte da carteira teórica sobem com o otimismo dos investidores em relação ao plano doméstico e respondendo aos bons resultados corporativos que têm sido apresentados.
“Em geral, as empresas ainda estão com capacidade ociosa e uma pequena melhora na demanda ajuda, impacta positivamente no faturamento”, diz, ressaltando que isso ocorre em um ambiente de inflação sob controle reforçando a expectativa de nova queda da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.
Do ponto de vista externo, o olhar dos investidores segue nos Estados Unidos, pois ainda prevalecem incertezas em torno da questão comercial que envolve sobretaxas para a importação do aço e do alumínio, além das dúvidas sobre a força que o Federal Reserve colocará na condução do aperto monetário.
Os contratos futuros de petróleo apresentaram forte queda no mercado internacional e, no fim da primeira etapa do pregão, as ações da Petrobras acompanharam o aprofundamento da desvalorização do petróleo. Já na parte da tarde, os papéis ON e PN da petroleira brasileira oscilaram perto da estabilidade, com leve alta, mas, ao final do pregão cederam 0,42% e 0,27%, respectivamente.
Na quinta-feira próxima, a empresa apresenta seu balanço do ano passado. Em relatório, analistas do Credit Suisse dizem esperar que Petrobras terá um pequeno lucro líquido de R$ 449 milhões, interrompendo série de perdas líquidas dos últimos três anos.