Economia

Ibovespa fecha em queda de 2,59%, na mínima, aos 81.861,08 pontos

O Ibovespa acompanhou a queda de seus pares em Nova York, porém, em ritmo um pouco mais contido. Segundo analistas, a correção é menos acentuada dos ganhos que acumulou no primeiro mês de 2018 porque ainda há motivos que dão sustentação às perspectivas mais otimistas na cena doméstica, muito embora assuntos como a reforma da Previdência estejam parcialmente precificados.

Perto do fechamento da sessão, o índice à vista da Bolsa brasileira acompanhou uma sequência forte de mínimas em Wall Street e perdeu, inclusive, o patamar dos 82 mil pontos. O índice fechou esta segunda-feira, 5, em baixa de 2,59%, aos 81.861,08 mil pontos, na mínima do dia. Ainda assim, neste ano, o Ibovespa acumula ganhos de 7,15%.

“Vamos acompanhar a tendência das bolsas americanas, em baixa ou alta, mas a magnitude vai ser diferente”, disse Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial. Segundo ele, o mercado acionário dos Estados Unidos passa por um processo de desalavancagem e isso acaba contaminando globalmente.

Para o Brasil, no entanto, ele diz que esse efeito é menor uma vez que o Ibovespa não acompanhou todo o ciclo de alta do mercado americano e, também agora, não deve seguir em todo o ajuste.

Fabricio Stagliano, analista-chefe da Walpires Corretora, complementa afirmando que o recuo é limitado também pela expectativa sobre a cena doméstica, que ainda é positiva e diante da safra de bons resultados nos balanços que estão sendo divulgados.

Para os dois analistas, a cena doméstica contou pouco nesta segunda. Com a agenda vazia de notícias mais relevantes, as declarações de integrantes do governo e de políticos em torno do andamento da Reforma da Previdência foram monitorados. “Ainda estamos diante das mesmas notícias e essa falta de novidade corrobora para um cenário negativo”, ressaltou Figueredo, que acredita que o tema ganhe fôlego e impacto no mercado após o carnaval – para quando foi marcada a discussão na Câmara da proposta.

As blue chips, preferidas dos estrangeiros, sofreram na sessão desta segunda. As ações ON e PN da Petrobras foram impactadas pela forte queda das cotações do petróleo no mercado futuro e encerraram em baixa de 4,50% e 4,66%, respectivamente. No setor financeiro, os recuos mais fortes foram notados nas units do Santander (4,07%), Itaú Unibanco PN (3,51%) e Banco do Brasil (2,98%).

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