O forte fluxo comprador estrangeiro não impediu a Bovespa de terminar a sessão em queda nesta quinta-feira, 12, apesar de ter flertado com o positivo em algumas ocasiões durante o dia. O anticlímax com o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que não falou de política monetária, a indefinição sobre o início do aperto monetário nos EUA e a queda do preço do petróleo pressionaram as bolsas lá e aqui. Ao mesmo tempo, o dólar, que chegou a subir mais de 1% antes de Yellen, desacelerou à tarde e encerrou em leve alta.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,39%, aos 46.883,57 pontos. Na mínima, marcou 46.696 pontos (-0,78%) e, na máxima, 47.460 pontos (+0,84%). Em novembro, acumula elevação de 2,21% e, no ano, perda de 6,25%. O giro financeiro totalizou R$ 5,880 bilhões.
Todos os profissionais consultados nesta quinta-feira foram unânimes em atribuir ao estrangeiro a performance da Bovespa muito melhor do que a das bolsas norte-americanas ao longo do dia.
Em parte da sessão, o mercado ficou na expectativa do que diria Janet Yellen em discurso no começo da tarde. Mas ela logo avisou que não falaria sobre política monetária. Diversos outros dirigentes do Fed falaram, mas não houve um consenso sobre a alta dos juros no país.
As bolsas norte-americanas reagiram às declarações dos representantes do Fed e também à queda do preço do petróleo, afetado pelo aumento dos estoques nos EUA, e caíram o dia todo. Às 17h34, o Dow Jones perdia 1,01%, o S&P, 0,83% e o Nasdaq, 0,59%.
A Bovespa repercutiu ainda resultados de empresas como Banco do Brasil – além da expectativa pelos números do Petrobras, ainda hoje – e também digeriu os acontecimentos recentes no Congresso, como a aprovação do projeto de repatriação, na noite de ontem.
Petrobras caiu 2,59% na ON e 1,81% na PN. Vale terminou em baixa de 1,76% na ON e de 1,02% na PNA. BB, que divulgou seus números, caiu 0,29%. Bradesco PN cedeu 0,05%, Itaú Unibanco PN subiu 0,28%, Santander unit perdeu 1,05%.
