O Índice Bovespa mostrou alguma instabilidade nesta primeira hora de negócios, alternando sinais de alta e baixa. O indicador começou o dia sinalizando queda, principalmente pelo desempenho negativo de ações ligadas a commodities, mas ganhou fôlego em seguida, com o avanço dos papéis dos setores financeiro e elétrico. E a expectativa dos analistas do mercado de ações é mesmo de uma semana de volatilidade para a bolsa esta semana.
Profissionais ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) afirmam que a safra de balanços essencialmente positiva tende a animar o investidor. Mas o ímpeto é limitado por questões internas e externas.
No ambiente internacional, pesam hoje as quedas dos preços das commodities, em meio ao temor de que a variante delta do coronavírus retarde a recuperação econômica global. Por aqui, riscos políticos e fiscais seguem no radar do mercado.
Para Viviane Vieira, operadora de renda variável da B.Side Investimentos, escritório ligado ao BTG Pactual, o noticiário internacional deve se manter firme no radar do investidor, mas não deve ser predominante, dada a imprevisibilidade das questões políticas e fiscais no Brasil.
"A semana ainda deve ser marcada por volatilidade no mercado brasileiro, principalmente por conta do risco político. Os mercados de câmbio e juros seguem precificando esse aumento de risco, o que acaba por adiar o ingresso de recursos que viriam para o mercado brasileiro, por mais que os balanços financeiros tenham sido positivos", afirma a fonte.
Às 10h45, o Ibovespa tinha 123.163,93 pontos, em alta de 0,29%.
Petrobras ON recuava 0,93%, Vale ON, 1,41% e CSN ON, 2,26%. Já Bradesco PN avançava 1,27%, na máxima do dia.