Estadão

Ibovespa opera em queda firme com aversão ao risco no exterior

O Índice Bovespa opera em queda desde a abertura e ampliou o ritmo perto do fim da manhã desta sexta-feira, 19, já oscilando abaixo do suporte dos 112 mil pontos. A aversão ao risco no mercado internacional é quem motiva as ordens de venda, que são puxadas principalmente pelas ações do setor de commodities, em sintonia com as perdas dos preços das matérias-primas no exterior.

Na pauta do mercado internacional está a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Apesar dos comunicados mais suaves da instituição, os mercados voltaram a prever aumento de 0,75 ponto porcentual nos juros americanos.

"As falas mais duras dos dirigentes do Fed deixaram os investidores mais receosos, o que se reflete na busca por ativos de segurança", disse Rafael Azevedo, especialista em Renda Variável da Blue3.

O profissional também ressalta como fatores que estão no radar do investidor a crise energética na China e a inflação na Europa. "Esse é um cenário macroeconômico que leva os mercados à realização de lucros, e com liquidez reduzida", afirma.

Além da política monetária dos EUA, apoiam a cautela dos investidores nesta manhã questões como o salto de 37,2% do índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha em julho ante igual mês de 2021, que ficou bem acima do esperado por analistas, que projetavam alta de 31,5%.

As vendas no varejo do Reino Unido também ficaram acima do esperado, outro indicativo de cautela para a política monetária na Europa.

Às 11h30, o Ibovespa tinha 111.975,26 pontos em queda de 1,61%. Petrobras ON tinha queda de 1,47%, enquanto Vale ON perdia 1,42%.

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