Estadão

Ibovespa perde fôlego e passa a cair, em sintonia com NY

O Índice Bovespa opera com instabilidade na manhã desta terça-feira, 2, alternando leves sinais de alta e baixa. O principal indicador da bolsa brasileira chegou a subir 0,43%, na contramão dos mercados internacionais, onde o dia é de aversão ao risco. No entanto, não conseguiu se sustentar e passou a operar em baixa. Pesa no exterior o temor dos efeitos da viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, o que pode ser considerado uma provocação à China.

Segundo Flávio Aragão, sócio da 051 Capital, os bons resultados corporativos e a expectativa de que o ciclo de alta de juros esteja próximo do fim chegou a animar algumas ações, mas não o suficiente para fazer frente às quedas no exterior. Às 11h08, o índice tinha 102.010,33 pontos, em baixa de 0,19%. Na mínima, chegou a 101.915,49 pontos (-0,30%).

A agenda econômica do dia é mais fraca, o que tende a manter o investidor atento ao cenário internacional. Lá fora, um dos destaques será o discurso da presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester. A dirigente, que vota nas reuniões de política monetária do Fed, participa de evento às 14h. Os investidores buscarão em suas declarações qualquer sinal que indique se o BC americano irá mesmo moderar o tom na condução da política monetária, como foi percebido na semana passada.

No front interno, há ainda a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que inicia hoje a sua reunião de dois dias. Nesta manhã, o IBGE divulgou que a produção industrial caiu 0,4% em junho ante maio, resultado inferior à mediana das estimativas de analistas captadas pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que apontava recuo de 0,3% na atividade da indústria. O dado se soma a indicativos de inflação menor, como o IPC-Fipe, que teve alta de 0,16% em julho, ante 0,28% em junho. O IPC-S Capitais mostrou desaceleração em todas as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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