Estadão

Ibovespa reduz queda com melhora em NY e ações ligadas a commodities

O Ibovespa desacelerou o ritmo de queda, após novas mínimas. Em Nova York, as bolsas aceleraram ganhos, à medida que diminui o temor de recessão nos EUA. Na B3 ainda ajuda uma visão menos pessimista sobre a China. A manhã desta sexta-feira, 15, porém, é de instabilidade, dado o vencimento de opções sobre ações na Bolsa brasileira. Depois de subir 0,21%, na máxima diária aos 96.324,32 pontos e mínima a 95.255,94 pontos (-0,89%), o Ibovespa cedia 0,23%, aos 95.901,26 pontos, às 11h17.

Segundo Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos, ainda que pese por aqui o crescimento menor do que o esperado na China, caso do PIB e da produção industrial, "naturalmente" ainda espera-se que economia chinesa continue sendo o motor de crescimento forte. "Existe essa visão de curto prazo, mas no médio e longo prazo, a China é prospectiva", avalia.

Vale ainda caía (-0,77%), mas Usiminas PNA, CSN e Gerdau PN passavam a subir 1,24%, 0,52% e 2,34%, respectivamente. Já Petrobras acelerava alta para quase 1,30%.

"A alta em Nova York é uma recuperação técnica das bolsas após o início da temporada de balanços com as empresas apresentando lucros menores do que esperado. Isso gerou um certo pânico", avalia Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3.

Apesar do recuo de 4,24% no minério de ferro no porto chinês de Qingdao, Esteves avalia a alta de algumas ações do setor como recuperação após as recentes perdas. Contudo, pondera, que seguem as incertezas sobre reabertura total na China, que adotado medidas para conter a covid-19.

Já o petróleo avançava em torno de 2%, depois de quedas recentes. "As petroleiras tentam segurar o Ibovespa", diz Esteves. O especialista da Blue3 afirma que como ainda não há um sinal de desfecho da Guerra na Ucrânia, os preços devem continuar pressionados, em meio a problemas de abastecimento. "Apesar do recuo dos últimos dias, ainda está em nível elevado. Não se pode banalizar isso", afirma.

Investidores avaliam de dados de atividade dos Estados Unidos com leituras divergentes. No varejo, houve crescimento de 1,0% em junho ante maio, na comparação com previsão de 0,9%. Já a produção industrial americana caiu 0,2% no mês passado, ante projeção de estabilidade. De todo modo, os dados, no geral, atenuam os temores de que a maior economia do planeta entre em recessão.

Para a Capital Economics, é improvável que o aumento nas vendas no varejo seja suficiente para convencer o Federal Reserve (Fed) a acelerar o ritmo de aperto para 100 pontos-base na reunião deste mês. Em Nova York, as bolsas subiam em torno de 1%, em recuperação técnica.

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