O Índice Bovespa teve alta de 0,65% nesta segunda-feira, 31, último pregão de julho, e atingiu a marca de 65.920,35 pontos, maior nível desde 17 de maio, antes da deflagração da atual crise política. A valorização do índice foi comandada pelas ações da Vale e das siderúrgicas, impulsionadas pela disparada de 7,23% do minério de ferro no mercado à vista chinês. Com o resultado de hoje, o Ibovespa encerrou julho com ganho de 4,80%, contabilizando ingresso de R$ 3,09 bilhões em recursos externos até o último dia 27.
“Tanto a alta no mês e como o fluxo de recursos externos surpreenderam muitos agentes do mercado em julho”, disse Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. Para ele, o desempenho positivo foi obtido por uma combinação de fatores que incluiu o cenário externo confortável, uma agenda política melhor e resultados corporativos positivos.
A nova alta do minério ocorreu em meio a especulações em torno da redução da produção da commodity e à divulgação do PMI industrial da China. O indicador caiu de 51,7% para 51,4 em julho, ante previsão de 51,6. Apesar de ter ficado abaixo das estimativas, os mercados receberam positivamente o indicador, uma vez que o índice continuou a apontar para o aquecimento da economia local. Ao final dos negócios, Vale ON e PNA tiveram ganhos de 3,16% e 2,78%, respectivamente. A maior alta do Ibovespa foi Bradespar PN (4,29%), acionista da mineradora. CSN ON (+1,87%) e Gerdau PN (+0,66%) também se destacaram.
Com os preços do petróleo instáveis durante quase todo o dia, as ações da Petrobras alternaram altas e baixas ao longo do pregão, mas terminaram o dia em terreno positivo, com +1,17% (ON) +1,22% (PN). Os papéis dos bancos seguiram sentidos opostos e tiveram Bradesco PN como maior alta (+1,48%); BMFBovespa teve a queda mais significativa (-1,01%). As estreantes IRB ON (+7,53%) e Omega Geração ON (+5,77%) foram destaques positivos do pregão, pela valorização e pelos volumes significativos de negócios.