O cenário internacional mais favorável e um aumento na confiança do investidor na aprovação das reformas garantiram um dia de alta firme no mercado de ações, levando o Índice Bovespa ao seu maior patamar em dois meses. Passadas as manifestações no País desde o final da última semana, o investidor voltou do feriado de 1º de Maio mais otimista com o cenário político e com a possibilidade de avanços no campo fiscal. Em alta pelo segundo pregão consecutivo, o Índice Bovespa fechou aos 66.721,74 pontos, com avanço de 2,02%.
“O mercado hoje viu o copo meio cheio e apostou em uma leitura positiva do cenário político, embora se saiba que o governo ainda vai enfrentar dificuldades”, disse Vladimir Pinto, gestor de renda variável da Grand Prix Asset.
A Bolsa já iniciou o dia em terreno positivo, refletindo a percepção de menor risco político com as eleições na França e a provável manutenção dos juros nos Estados Unidos. Além disso, houve ajustes às variações dos American Depositary Receipts (ADRs) negociados em Nova York, que ontem subiram, enquanto os mercados por aqui estavam fechados.
A alta foi liderada pelas ações do setor financeiro, bloco de maior peso na carteira teórica do Ibovespa. Itaú Unibanco PN subiu 2,04%, na véspera da divulgação do primeiro resultado trimestral de 2017. Bradesco PN ganhou 2,70% e Banco do Brasil ON, papel que também reflete percepção política, avançou 3,17%. Os ganhos teriam sido maiores não fosse a forte queda dos preços do petróleo nas bolsas de Nova York e Londres, que superaram os 2%. Com isso, as ações da Petrobras tiveram desempenho fraco, com estabilidade na ordinária e alta de 0,14% na preferencial.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta ficou com JBS ON, com ganho de 7,91%. O papel respondeu ao anúncio feito pela empresa, pela manhã, da conclusão da aquisição da empresa norte-americana Plumrose.