O último pregão de junho da Bovespa foi bastante volátil e, depois de operar praticamente a tarde toda em baixa, virou para cima a minutos do fechamento e sustentou o patamar de 53 mil pontos no final da sessão desta terça-feira, 30. A indefinição da situação grega acabou não fazendo preço nos ativos, apesar da negativa do Eurogrupo de estender a ajuda financeira ao país.
O Ibovespa terminou a terça-feira em alta de 0,13%, aos 53.080,88 pontos. Na mínima, marcou 52.813 pontos (-0,38%) e, na máxima, 53.345 pontos (+0,62%). O giro financeiro totalizou R$ 6,704 bilhões.
No mês, subiu 0,61%, mas acumulou alta de 3,77% no segundo trimestre e de 6,15% no primeiro semestre, o melhor desempenho desde a alta de 8,53% da segunda metade de 2013.
As negociações sobre a extensão do programa de ajuda à Grécia continuaram nesta terça-feira, mas, no começo da tarde, o Eurogrupo disse não ser possível estender o pacote de resgate. De qualquer forma, haverá nova reunião amanhã. Depois da recusa dos credores, os gregos pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para adiar o pagamento da dívida de 1,6 bilhão de euros que vence hoje. No fim da tarde, a Fitch também rebaixou o rating grego, de CCC para CC, seguindo o que já havia feito ontem a S&P.
As bolsas europeias terminaram a maioria no vermelho, mas as norte-americanas subiram. Dow Jones teve alta de 0,13%, aos 17.619,51 pontos, S&P 500 registrou valorização de 0,27%, aos 2.063,12 pontos, e o Nasdaq marcou +0,57%, aos 4.986,87 pontos. No mês, caíram 2,17%, 2,10% e 1,64%, nesta ordem.
No Brasil, Vale pesou sobre o índice, ao cair 4,74% na ação ON e 4,12% na PNA, afetada pelo recuo das mineradoras na Europa, pela forte baixa do preço do minério de ferro, e pela revisão em baixa da perspectiva de preços tanto por parte do governo australiano como por parte de várias corretoras.
Metalúrgica Gerdau PN perdeu 4,35%, mas Bradespar PN, com -5,05%, liderou as quedas do Ibovespa, seguida de Vale ON e Usiminas PNA, -4,63%. CSN ON, -2,82%.
Petrobras caiu 0,14% na ON e 0,31% na PN.