Economia

Ibovespa sucumbe ao mau humor global e encerra em baixa de 0,25%

O Ibovespa sucumbiu ao mau humor global e, mesmo com um motivo forte para a valorização – como a perspectiva de um novo corte nos juros básicos -, não conseguiu sustentar a alta registrada na segunda etapa do pregão desta quinta-feira, 22. Perto do fim da sessão de negócios, o mercado acionário em Wall Street aprofundou as perdas e a bolsa local bateu sucessivas mínimas, levando o índice à vista a fechar em queda de 0,25%, aos 84.767,88 pontos.

“Acredito muito no descolamento da bolsa brasileira do mercado acionário americano, mas haverá sempre dias como este”, diz Eduardo Guimarães, especialista em renda variável da Levante Ideias de Investimento, que diz acreditar que a bolsa será sustentada pelas boas perspectivas econômicas. Justamente por isso, afirma, o Ibovespa mostrou um bom diferencial em relação à forte queda no mercado americano.

Os principais índices em Nova York recuaram em torno de 2,5% muito influenciados pelas novas investidas protecionistas do presidente Donald Trump contra a China, além do peso da queda das ações do Facebook sobre o grupo de empresas de tecnologia.

No meio da tarde, o Ibovespa tinha conseguido superar os 85 mil pontos. Na máxima, chegou aos 85.443 pontos com o apoio, sobretudo, de empresas do setor de aço. A CSN e a Usiminas lideravam as maiores altas da carteira do índice e estavam entre as mais negociadas naquele momento do dia em que os EUA anunciaram que as tarifas sobre o aço e o alumínio não devem entrar em vigor nesta sexta-feira, 23, para Brasil, Argentina, Europa e Austrália.

Durante o pregão, os investidores mostraram certa cautela, atentos ao julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “A política é o driver de curto prazo, uma vez que as decisões de política monetária pelos bancos centrais dos EUA e daqui saíram de campo”, afirmou Guimarães.

No pregão desta quinta as ações da Petrobras recuaram 0,55% (ON) e 1,50% (PN) em linha com a desvalorização dos contratos futuros de petróleo negociados no exterior, enquanto Vale ON perdeu 1,34%, na esteira da desvalorização do minério de ferro no mercado à vista chinês.

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