Economia

Ibovespa tem 2ª queda seguida em 2015 e Petrobras desaba 8%

A Bovespa repetiu o comportamento de sexta-feira e teve nesta segunda-feira, 5, seu segundo pregão consecutivo de perdas em 2015. O recuo foi generalizado entre as ações e Petrobras novamente se destacou, com 8% de queda, liderando as baixas da sessão. Grécia, desmentido do Planejamento sobre o salário mínimo, posse sem novidades de Levy, à tarde, conduziram os negócios hoje.

No final, o Ibovespa registrou perdas de 2,05%, aos 47.516,82 pontos, menor nível desde 16 de dezembro (47.007,51 pontos). Na mínima, registrou 47.264 pontos (-2,57%) e, na máxima, ficou estável em 48.512 pontos. No mês e no ano, acumula baixa de 4,98%. O giro financeiro totalizou R$ 6,413 bilhões.

O mercado não gostou, internamente, da volta para atrás do Planejamento, que foi obrigado pelo Planalto a soltar um desmentido de que haveria mudanças na regra de reajuste do salário mínimo. Depois de Nelson Barbosa ter afirmado em sua posse, na sexta-feira, que o valor continuaria a ter ganho real, mas a regra mudaria, a pasta foi obrigada a divulgar uma nota, no final de semana, dizendo que nada muda.

Além disso, o mercado também estava de olho na Grécia, foco diante da proximidade das eleições que podem colocar o partido oposicionista no poder.

O recuo dos preços do petróleo também pressionou negativamente os ativos e as bolsas europeias fecharam em queda firme, enquanto as norte-americanas se encaminham para o mesmo destino.

No fechamento da Bovespa, o Dow Jones registrava queda de 1,81%, o S&P recuava 1,85% e o Nasdaq perdia 1,60%.

O recuo das bolsas norte-americanas, que foram às mínimas à tarde, acabou levando a Bovespa a cair ainda mais, principalmente depois que o discurso de Joaquim Levy em sua posse na Fazenda não trouxe nada de novo. Seu secretariado foi considerado bom, mas neutro para as ações no mercado, enquanto suas declarações vieram dentro do que ele já vinha afirmando.

Petrobras, de novo, foi um dos destaques de baixa da sessão, liderando as perdas com -8,11% na ON, a R$ 8,27, e -8,01% na PN, a R$ 8,61. Segundo a Economatica, a ação ON terminou no menor valor desde 6 de setembro de 2004, quando o papel fechou a R$ 8,2605 (valor ajustado por proventos), enquanto a PN terminou no preço mais baixo desde 8 de junho de 2005, quando fechou a R$ 8,5975, também ajustado por proventos.

Além do recuo do petróleo, as ações seguem reagindo aos desdobramentos de inúmeras denúncias de irregularidades que assolam a empresa.

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