A Bovespa não teve fôlego para engatar a quarta sessão consecutiva de alta, nesta terça-feira, 7, após acumular ganhos de 5,06% em três pregões seguidos. Os investidores aproveitaram para promover ajustes hoje, em meio à falta de novidades no âmbito político, embora o contínuo fluxo de estrangeiros no mercado local tenha impedido um recuo maior do Ibovespa.
No fim dos negócios, a Bovespa caiu 0,02%, aos 53.729,16 pontos. Na máxima do dia, a bolsa registrou 54.002 pontos (+0,49%) e na mínima, 53.436 pontos (-0,56%). O volume de negócios totalizou R$ 6,23 bilhões, segundo dados preliminares. No mês de abril, a bolsa acumula alta de 5,04% e no ano, avanço de 7,44%.
Na agenda política do dia estavam previstas várias audiências no Congresso, sobre Medidas Provisórias, que tratam de mudanças no acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença e de novas regras para seguro-desemprego, além de textos sobre o novo indexador das dívidas dos Estados e municípios e da necessidade ou não de consenso no Confaz para a convalidação de incentivos fiscais concedidos por Estados a empresas. Na Câmara, havia possibilidade de votação do projeto de terceirização, além da CPI da Petrobras.
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou neste fim de tarde que vai colocar em votação ainda hoje o projeto que trata da convalidação do incentivos fiscais concedidos pelos Estados. Ele informou que é o primeiro item da pauta de votação. Questionado sobre a proposta do governo, de esperar a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para a votação de uma proposta conjunta de reforma do ICMS, o presidente do Senado afirmou que é importante que o plenário decida sobre a forma de discussão das matérias.
Mais cedo, fontes informaram ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o secretário da Receita, Jorge Rachid, vai negociar a questão da terceirização com deputados na Câmara antes da votação. Um pouco antes, o relator do projeto, Arthur Maia (SD-BA), acatou uma série de sugestões do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e apresentará um novo texto durante a apreciação prevista para ocorrer no plenário ainda hoje. O acordo ocorreu após uma intensa negociação entre ontem e hoje, na qual Maia acatou o principal pedido de Levy: a retenção de impostos e tributos na fonte.
Do lado corporativo, os destaques positivos da sessão foram as ações da Vale e da Petrobras. Os papéis da mineradora tiveram um dia de recuperação, beneficiadas pelo respiro na trajetória de queda do preço do minério de ferro e pelo fluxo de recursos estrangeiros, e lideram as altas do Ibovespa. No fim, Vale ON (+4,80%) e Vale PNA (+3,28%).
Petrobras ON subiu 2,36% e Petrobras ON avançou 1,87%, auxiliadas pelo avanço dos contratos futuros de petróleo e pela continuidade das expectativas de que a companhia divulgue o balanço de 2014 ainda neste mês.
Nos EUA, as bolsas viraram para baixo a minutos do final, nesta véspera da divulgação da ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed). O Dow Jones recuou 0,03%, aos 17.875,42 pontos, S&P caiu 0,21%, aos 2.076,33 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,14%, aos 4.910,23 pontos.