Depois de três pregões consecutivos sem subir, o Índice Bovespa encontrou espaço para a alta nesta segunda-feira, 15, apoiado em ajustes pós-feriado e pelo noticiário corporativo, em meio ao clima ameno no cenário eleitoral. O índice terminou o dia aos 83.359,76 pontos, com ganho de 0,53%.
Pela manhã, o índice chegou a subir 1,64%, atingindo a máxima de 84.278,04 pontos. À tarde, perdeu fôlego, em meio à desaceleração das bolsas de Nova York e a operações pontuais de realização de lucros. A proximidade da divulgação da nova pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, ainda nesta noite de segunda-feira, incentivou a cautela e também favoreceu a redução do ritmo comprador.
Apesar da desaceleração do Ibovespa ao longo da tarde, as principais blue chips do mercado garantiram alta expressiva até o fechamento do pregão. Entre elas, destaque para Petrobras ON e PN (+2,31% e +1,90%), Vale ON (+2,11%) e Eletrobras ON e PNB (+6,24% e +5,46%). No caso da Eletrobras, pesou positivamente o anúncio de um novo período de inscrições do seu Plano de Demissão Consensual (PDC).
Boa parte da alta do dia foi relacionada a um ajuste às altas das bolsas de Nova York na sexta-feira, quando foi feriado nos Estados Unidos. Internamente, a percepção otimista do cenário eleitoral também foi mencionada, principalmente pela manhã, quando o mercado repercutia sondagens eleitorais encomendadas por instituições financeiras.
“Sabemos que as altas recentes da bolsa estão muito mais relacionadas à expectativa de derrota do PT do que propriamente à vitória de Jair Bolsonaro (PSL), cujos recentes discursos têm sido bastante contraditórios. O que recomendamos neste momento é cautela”, disse André Perfeito, economista-chefe da Spinelli Corretora.
Perfeito não descarta a ocorrência de um movimento mais brusco de realização de lucros nos próximos dias, não apenas pelo esgotamento dessa precificação, mas também porque o cenário internacional segue desafiador, o que tem sido relativizado pelo mercado brasileiro ultimamente.
De volta à análise sobre ações, o destaque do dia ficou com Smiles ON. O papel, que responde por 0,221% da carteira teórica do Ibovespa, despencou 38,84%, como reflexo da notícia de que a Gol anunciou a incorporação da sua controlada. Analistas reduziram a recomendação para os papéis da Smiles e reduziram o preço-alvo, o que motivou a queda brusca. Pesaram principalmente dúvidas sobre o processo de troca de ações. Já Gol PN subiu (+4,06%) com a notícia da incorporação.