O Índice Bovespa opera em alta firme nos negócios na manhã desta segunda-feira, 8, e voltou a testar o patamar dos 108 mil pontos, o que não se via desde 9 de junho no intraday. Este é o quinto pregão consecutivo do índice brasileiro, que já contabiliza alta superior a 4% em agosto.
Segundo Nícolas Merola, analista da Inv, o desempenho reflete uma conjunção de fatores internos e externos que aumenta a atratividade do mercado acionário brasileiro.
No Exterior, o apetite por risco é alimentado pelo afastamento dos temores de recessão, desde que o relatório de empregos trouxe números melhores que o esperado. Por aqui, a sinalização do final do ciclo de alta de juros traz ao mercado investidores em busca de se antecipar a resultados melhores da economia e das empresas. "O risco de os juros voltarem a subir logo após o fim do ciclo existe, mas é muito baixo. Assim, a bolsa sobe com a percepção de que o melhor momento para comprar é no pico dos juros", afirma.
Às 11h15, o Ibovespa tinha 107.733,80 pontos, em alta de 1,19%. Na máxima, chegou aos 108.149,44 pontos (avanço de 1,58%).
Os ganhos mais expressivos estão nas ações de consumo, que estão entre as mais sensíveis à política monetária. Com maior peso na composição do índice, Bancos e commodities também são destaque, com altas acima da média.
A agenda do dia é escassa, o que leva os mercados a operarem em compasso de espera pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para a terça-feira, e pelo dado de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), na quarta-feira.
A temporada de balanços segue por aqui, com potencial para influenciar papéis e setores específicos.