Depois de um ajuste na véspera, o Índice Bovespa opera em alta desde a abertura desta sexta-feira e ampliou o ritmo de alta há instantes, voltando a testar o nível dos 111 mil pontos, em um pregão de alta quase generalizada. Os ganhos são puxados principalmente pelas empresas dos setores financeiro e de commodities, mas também têm como destaque as altas dos papéis de consumo e imobiliário. Já os setores considerados defensivos, como energia elétrica e prestadores de serviços, têm o desempenho mais fraco.
Segundo Victor Hugo Israel, especialista em Renda Variável da Blue3, o mercado brasileiro reage à perspectiva mais otimista no cenário internacional com a inflação nos Estados Unidos, mas também reflete a queda dos juros futuros, com a maior parte das apostas já direcionadas para a manutenção da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
"Os mercados seguem bastante dependentes de dados, principalmente de inflação e crescimento econômico. E as análises dos números recentes levam o investidor a já projetar juros inalterados na próxima reunião do Copom, a contar pela expectativa de arrefecimento da inflação nos próximos meses", disse ele, ao justificar o apetite por risco do mercado hoje.
Às 11h08, o Ibovespa marcava 111.128,81 pontos, em alta de 1,29%. Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,34% e o S&P 500 ganhava 0,57%.