O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta terça-feira, 22, que a nova âncora fiscal do País, idealmente, deveria combinar teto de gastos, curva da dívida e resultado primário. "O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário", afirmou Alckmin, em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). "A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão", acrescentou.
De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal deve ser feita mais à frente.
"Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano", declarou o vice-presidente eleito. "A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias", seguiu.
<b>Novos ministros</b>
Alckmin tentou mais uma vez reduzir as expectativas em relação ao anúncio de nomes de ministros do próximo governo, mas disse que as indicações devem ocorrer "em mais alguns dias". "O presidente (eleito, Luiz Inácio) Lula (da Silva) tem 40 dias para anunciar ministros. Quando fui governador, anunciei os primeiros secretários um mês e meio depois (da posse). Não devemos ter essa correria", disse.
O vice-presidente eleito, porém, disse que "em alguns dias começam (a ser anunciados) os novos ministros". Ele comentou também que algumas indicações de nomes para agências reguladoras e cargos diplomáticos começarão a ser sabatinados pelo Senado.
Outros, no entanto, aguardarão o início do próximo governo, previsto para iniciar em 1º de janeiro de 2023. "É uma continuidade, uma corrida de revezamento, um passa o bastão para o outro", disse.