O militar aposentado José Alves Simão, de 82 anos, morreu após ficar com a mão presa num vagão de metrô do Rio de Janeiro e ser arrastado, no último sábado, 22.
Familiares contaram que o idoso foi até o centro do Rio para levar um celular ao conserto. Ao tentar embarcar na estação Uruguaiana, quando as portas da composição já se fechavam, ele ficou preso a uma porta do vagão.
Segundo a concessionária MetrôRio, passageiros que estavam no trem viram o que acontecia e acionaram o botão de emergência, aplicando o freio de emergência no trem. Apesar disso, Simão foi arrastado e sofreu traumatismo no tórax e abdômen e hemorragia interna. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas o idoso não resistiu aos ferimentos. Ele deixou mulher e cinco filhos.
Após deixar o celular no conserto, Simão iria ao Flamengo para encontrar um filho, com quem assistiria a um jogo de futebol do Vasco da Gama. Sem notícias do pai, o filho ligou insistentemente para seu celular, até que um policial militar atendeu e orientou o rapaz a ir à delegacia onde o caso era registrado.
Em nota, a concessionária MetrôRio lamentou a morte do passageiro, afirmou ter entrado em contato com familiares dele e disse estar "à disposição para prestar toda a assistência necessária". Afirmou ainda que instaurou um Comitê de Avaliação de Acidente para apurar as causas e prestar esclarecimentos à família e às autoridades.