Um eleitor de 65 anos foi preso por injúria racial ao ofender uma mesária de Salvador, neste domingo, 2. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a mesária, outra eleitora e uma testemunha confirmaram que o homem chamou a profissional voluntária de tirana e incompetente. Ele também insinuou que a agente eleitoral poderia favorecê-lo se ele fosse negro ou homossexual.
O caso ocorreu em uma zona eleitoral que funciona em uma faculdade particular do bairro do Stiep. O eleitor foi conduzido por policiais militares da 39.ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).
Mesmo antes da chegada dos militares, testemunhas já haviam contido o idoso. Ao menos cinco testemunhas foram arroladas e serão intimadas para prestar depoimento na 9ª Delegacia Territorial (Boca do Rio).
<b>Mesária vota por eleitor</b>
Também na Bahia, vídeos publicados nas redes sociais mostram uma mesária votando no lugar de um eleitor na cidade de Paramirim, a 660 quilômetros de Salvador.
Ela foi levada à delegacia da Polícia Civil acusada de violar o sigilo de voto.
<b>Outras ocorrências</b>
Ao todo, pelo menos 25 pessoas foram conduzidas às delegacias baianas por suspeita de crimes eleitorais até as 18h. Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, a tipificação mais recorrente foi a de boca de urna.
Casos foram registrados em Candeias (2), Esplanada (3), Ibirataia (2), Araci (5), Porto Seguro (3), Ipiaú (4), Brejões (1), Milagres (2) e Canarana (1).
Na cidade de Coração de Maria, a 113 quilômetros de Salvador, um homem foi detido ao ser flagrado fazendo o transporte de eleitores, que também é crime eleitoral.
Em Ibotirama, um guarda municipal foi flagrado na cabine de votação com uma arma de fogo – o que é proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral, exceto para profissionais em serviço.