O presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, avaliou nesta quinta-feira, 4, que a alta da taxa básica de juros é um “remédio amargo”, mas considerou que é parte das necessidades para se corrigir erros na condução da política econômica no passado – o Copom elevou ontem à noite a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 11,75%. O executivo, que também preside a Riachuelo, falou a jornalistas durante evento do IDV em São Paulo.
Rocha, que anunciou que será substituído por Luiza Helena Trajano no comando do IDV, considerou que o setor tem “confiança na nova equipe econômica” e espera avanços. Ele manteve perspectiva otimista para as vendas do varejo no final do ano. A projeção do IDV é de alta real de 3,8% nas vendas em dezembro ante igual período de 2013.
No evento que comemorou os dez anos do IDV, Rocha afirmou que a principal pauta do setor junto ao governo será a tributária. Os varejistas querem que haja uma graduação para a carga tributária de quem sai do regime do Simples. “Queremos o fim da chamada morte súbita, porque hoje muitas empresas preferem a informalidade ao notarem que o crescimento de receitas gera elevação da carga tributária”, comentou. Ele citou discussões específicas no setor têxtil para criação de um Regime Tributário Competitivo para Confecção.