Um carro-bomba explodiu nesta quarta-feira perto da casa do embaixador iraniano no Iêmen, matando pelo menos duas pessoas. O embaixador Hossein Niknam não estava em casa, na capital Sanaa, no momento da explosão. Um guarda e seu filho morreram, informaram agentes de segurança, que falaram em condição de anonimato.
Vários prédios próximos ficaram seriamente danificados. A explosão fez um buraco na residência oficial. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, embora a Al-Qaeda na Península Arábica, o braço local do grupo terrorista, já tenha realizado ações semelhantes em Sanaa.
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, disse à agência de notícias semioficial Tasnim que o embaixador são sofreu ferimentos. “A explosão em Sanaa não feriu nenhum diplomata iraniano. Houve apenas danos materiais”, declarou Abdollahian à Tasnim.
Niknam é novo no posto e apresentou suas credenciais ao Ministério de Relações Exteriores iemenita na semana passada, segundo informações da mídia estatal iraniana.
O ataque aconteceu depois de rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, terem capturado a capital do Iêmen em setembro, derrotando combatentes leais do partido islâmico Islah e seus aliados tribais. Oponentes dos houthis acreditam que eles sejam ligados aos xiitas do Irã, algo que os rebeldes negam.
Militantes do braço iemenita da Al-Qaeda têm combatido os houthis na região central do país, onde o grupo xiita e seus aliados pretendem expandir seu território.
Para Washington, a Al-Qaeda na Península Arábica é o braço mais perigoso do grupo terrorista e tem ligação com uma série de ataques abortados ou fracassados em território norte-americano. Os Estados Unidos realizam uma campanha com ataques com aviões teleguiados (drones) no país, que tem como alvo supostos militantes, além de oferecer ajuda ao Iêmen. O número de civis mortos e feridos durante esses ataques tem elevado a irritação da população com essas ações. Fonte: Associated Press.