Partidos do Iêmen, liderados pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e rebeldes xiitas rejeitaram neste sábado o governo recém-formado. A atitude ameaça o acordo mediado pelas Nações Unidas, que estabeleceu uma trégua após rebeldes tomarem a capital do País.
A declaração do Partido Congresso Geral do Povo de Saleh e do grupo rebelde conhecido como Houthis veio um dia após o Conselho de Segurança da ONU impor sanções sobre Saleh e dois líderes rebeldes por ameaça da paz, segurança e estabilidade do País. O conselho da ONU ordenou o congelamentos de todos os ativos e proibiu viagens do líder do partido, Abd al-Khaliq al-Huthi, e do segundo no comando do Houthi, Abdullah Yahya al Hakim.
Em comunicado, o grupo Houthis disse que as sanções foram um obstáculo na transação política do Iêmen. As sanções foram, segundo o grupo, “uma flagrante provocação dos sentimentos da população e uma interferência nos assuntos internos”.
No mesmo comunicado, o grupo rejeitou o novo governo e pediu por novos membros.
O grupo rebelde tomou a capital Saná em setembro, alegando suporte ao partido Saleh, e demandando que o presidente em exercício Abed Rabbo Mansour Hadi apontasse um novo governo, reclamando que o anterior era próximo do partido rival sunita. Apenas sete membros sobraram do governo anterior. Fonte: Associated Press.