Em uma ofensiva por poder, rebeldes xiitas do Iêmen prenderam mais de 120 membros do Islah, partido político sunita rival, afirmou a sigla em sua página na internet. Segundo as informações fornecidas, os líderes do grupo, Mohammed Qahtan e Hassan al-Yaeri, estavam entre as vítimas do sequestro.
O Partido Islah, braço da Irmandade Muçulmana no Iêmen e importante força política da região, havia declarado seu apoio à campanha de combate contra os insurgente xiitas promovida por uma coalização liderada pela Arábia Saudita. Os rebeldes, conhecidos como Houthis, recebiam por sua vez o apoio das forças de segurança leais ao ex-presidente deposto Ali Abdullah Saleh, cujos aliados controlam boa parte das unidades de elite e de combate no Exército iemenita.
Em seu décimo primeiro dia, a campanha conta os Houthis tem como objetivo impedir os avanços dos rebeldes, que tomaram o controle da capital Sanaa em setembro e forçaram o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi a fugir para Áden, segunda maior cidade no sul do País. Desde então, Hadi fugiu para a Arábia Saudita. As forças combinadas dos insurgentes e dos aliados ao ex-presidente Saleh tentam agora avançar em direção a Áden e planejam aumentar seu controle sobre o território.
Neste domingo, autoridades médicas disseram que os ataques aéreos da coalização em Dhale, cidade no sul do País que os rebeldes tentam capturar para usar como corredor até Áden, mataram ao menos cinco civis. De acordo com os oficiais, um míssil errante atingiu uma área residencial.
Fontes da coalizão, por sua vez, acusam os Houthis de se esconderem entre civis. O porta-voz do Exército saudita, Ahmed Asiri, afirmou durante coletiva de imprensa que os explosivos miravam carregamentos de armas e suprimentos que as milícias tentavam levar para Áden nas últimas 24 horas.
Enquanto isso, o combate entre os Houthis e forças aliadas leais ao presidente Hadi continua na cidade. Os rebeldes tentam invadir o bairro onde está localizado o palácio presidencial e a estação de TV local. Segundo Maha el-Sayed, uma ativista da região, ao menos seis combatentes ligados ao governo oficial morreram no conflito durante a noite e outros 20 ficaram feridos. Fonte: Associated Press.