IGP-10 de abril fica em 1,58% ante alta de 2,99% em março, revela FGV

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,58% em abril, após ter aumentado 2,99% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de abril, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 1,79% no mês, ante uma elevação de 3,69% em março. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,87% em abril, após o avanço de 0,71% em março. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 1,24% em abril, depois de subir 1,96% em março.

O IGP-10 acumulou um aumento de 9,16% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 31,74%. O período de coleta de preços para o indicador de abril foi do dia 11 de março a 10 deste mês.

<b>IPAs</b>

Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola subiram 1,30% no atacado em abril, após um avanço de 1,83% em março, dentro do IGP-10. Já os preços dos produtos industriais – medidos pelo IPA Industrial – tiveram alta de 1,99% este mês, depois da elevação de 4,46% no atacado em março.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,71% em abril, ante uma elevação de 2,22% em março.

Os preços dos bens intermediários subiram 4,43% em abril, após 5,90% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas caíram 0,30% este mês, depois da elevação de 3,03% anteriormente.

<b>Combustíveis</b>

Os aumentos nos preços da gasolina (9,02%) e do etanol (10,37%) pressionaram a inflação ao consumidor dentro do IGP-10. No IPC-10, sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que saiu de 0,27% em março para 0,78% em abril. O item artigos de higiene e cuidado pessoal passou de 0,01% para 1,36%.

Os demais acréscimos ocorreram nos grupos Habitação (de 0,34% para 0,63%), Transportes (de 2,97% para 3,19%), Comunicação (de -0,18% para 0,23%), Vestuário (de -0,09% para 0,12%), Despesas Diversas (de 0,21% para 0,38%) e Alimentação (de 0,04% para 0,05%). As principais contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de -0,34% para 0,67%), gasolina (de 8,52% para 9,02%), mensalidade para internet (de -1,04% para -0,08%), roupas (de -0,24% para 0,05%), cigarros (de 0,34% para 0,99%) e laticínios (de -1,62% para 0,15%).

Na direção oposta, houve redução apenas no grupo Educação, Leitura e Recreação (de 0,21% para -0,60%), sob influência do item passagem aérea, cuja taxa passou de 1,55% para -5,24%.

<b>Matérias-primas</b>

A queda no preço das matérias-primas arrefeceu a inflação no atacado em abril, dentro do Índice Geral de Preços – 10. "Nesta apuração, os preços das matérias-primas apresentaram queda de 0,30%. Com este movimento, os demais estágios de processamento – bens intermediários (5,90% para 4,43%) e bens finais (2,22% para 1,71%) – registraram decréscimos em suas taxas de variação. Diante de tal arrefecimento, o índice ao produtor recuou 1,90 ponto porcentual, fechando o mês com variação de 1,79%. A desaceleração da inflação ao produtor foi a principal contribuição para o recuo da taxa do IGP-10, que passou de 2,99% em março para 1,58% em abril", afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma alta de 3,69% em março para aumento de 1,79% em abril. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais desaceleraram de 2,22% em março para 1,71% em abril, puxados pelo subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 17,61% para 6,75%.

A taxa do grupo Bens Intermediários saiu de 5,90% em março para 4,43% em abril, sob influência do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,98% para 10,81%.

O grupo Matérias-Primas Brutas saiu de 3,03% em março para -0,30% em abril. As principais contribuições para o recuo partiram dos itens: minério de ferro (de 5,63% para -5,16%), suínos (de 5,61% para -13,48%) e algodão em caroço (de 9,56% para 1,82%). Por outro lado, as pressões mais relevantes foram dos itens milho em grão (de 1,93% para 6,40%), leite in natura (de -2,59% para 0,16%) e soja em grão (de 0,84% para 1,54%).

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