Estadão

IGP-DI de fevereiro desacelera a 1,50%, ante 2,01% em janeiro, afirma FGV

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,50% em fevereiro, após uma elevação de 2,01% em janeiro, divulgou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,30% a 1,90%, com mediana positiva de 1,58%, de acordo com as instituições ouvidas pelo <i>Projeções Broadcast</i>. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 3,55% no ano. Em 12 meses, houve aumento de 15,35%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 1,94% em fevereiro, ante uma alta de 2,57% em janeiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,28% em fevereiro, após aumento de 0,49% em janeiro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,38% em fevereiro, depois da alta de 0,71% em janeiro.

O período de coleta de preços para o índice de fevereiro foi do dia 1º ao dia 28 do mês.

As quedas nos preços da gasolina (-1,35%), etanol (-5,44%), passagem aérea (-4,09%) e energia elétrica (-0,73%) ajudaram a aliviar a inflação ao consumidor dentro do IGP-DI. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de um avanço de 0,49% em janeiro para uma elevação de 0,28% em fevereiro.

Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 1,64% em janeiro para -0,51% em fevereiro), Vestuário (de 0,76% para 0,33%), Comunicação (de 0,53% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,03% para -0,12%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,08%). Houve impacto dos itens cursos formais (de 6,47% para 0,00%), calçados (de 1,03% para 0,21%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,88% para 0,18%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,44% para -0,50%) e conselho e associação de classe (de 2,14% para 0,68%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de 0,13% para 0,33%), Alimentação (de 1,15% para 1,20%) e Transportes (de 0,04% para 0,07%). Houve influência dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -1,76% para -0,73%), arroz e feijão (de -1,24% para 0,58%) e licenciamento – IPVA (de 1,63% para 3,83%).

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,62% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 71,61% em janeiro para 73,87% em fevereiro.

<b>Material de construção</b>

A alta mais branda no custo dos materiais de construção arrefeceu a inflação do setor no IGP-DI de fevereiro, informou a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,71% em janeiro para uma elevação de 0,38% em fevereiro.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 1,13% em janeiro para um aumento de 0,51% em fevereiro. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de alta de 1,08% em janeiro para um avanço de 0,28% em fevereiro, enquanto os Serviços saíram de 1,39% para 1,66%.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de aumento de 0,26% em janeiro para uma elevação de 0,25% em fevereiro.

<b>IPAs</b>

Os preços dos produtos agropecuários no atacado mensurados pelo IPA agrícola subiram 4,33% em fevereiro, depois de uma alta de 2,63% em janeiro, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, avançaram 0,98% em fevereiro, ante alta de 2,54% em janeiro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,73% em fevereiro, ante um avanço de 0,92% em janeiro. Os preços dos bens intermediários subiram 1,31% em fevereiro, depois de aumentarem 2,13% em janeiro. Os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 2,76% em fevereiro, após uma alta de 4,42% em janeiro.

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