Pela primeira vez, a previsão mediana para um índice de inflação de 2015 superou a marca de dois dígitos no Relatório de Mercado Focus. Segundo documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 26, pelo Banco Central, a mediana para o IGP-DI de 2015 passou de 9,46% para 10,11% – um mês atrás estava em 8,26%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus avançou de 5,89% para 6,00% – quatro semanas atrás, estava em 5,75%.
No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana saltou de 9,33% para 9,59%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, de 7,88%. Para 2016, o ponto central da pesquisa saiu de 5,96% para 6,01% – quatro edições anteriores estava em 5,80%.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, a estimativa para 2015 foi mantida em 9,86% de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 9,46%. Para 2016, a expectativa avançou de 5,09% para 5,12%. Um mês antes, estava em 5,04%.
IPCA
O Banco Central deixou claro no comunicado que se seguiu à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 14,25% ao ano que passará a focar a inflação de 2017 a partir de agora. De acordo com a abertura do Relatório de Mercado Focus, a mediana das previsões para esse ano ficou estável em 5,00% ao ano, como já estava na semana anterior.
Para 2018, no entanto, a mediana das estimativas subiu de 4,70% no boletim passado para 4,85% agora. Para 2019, não houve alteração no ponto central da pesquisa de um levantamento para o outro, com a mediana em 4,50%.
Vale lembrar que, assim como este e o próximo ano, a meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,5%. A diferença, no entanto, é que o Banco Central terá uma margem de manobra menor, já que o desvio máximo tolerado nesse ano será de 1,5 ponto porcentual, e não mais de 2 pp como vinha sendo.
No caso da elite dos analistas financeiro, o grupo das cinco instituições que conseguem apresentar estimativas que se confirmam posteriormente como as mais próximas da realidade, houve manutenção da taxa de 2017 e de 2019, como na pesquisa geral, mas uma redução das estimativas para 2018.
De acordo com o Top 5 de médio prazo, a mediana das previsões para 2017 seguiu em 5,80%. Para 2018, o ponto central passou de 6,00% da semana passada para 5,50% agora e, para 2019, ficou parada em 5,50% de um boletim para o outro.