Os ativos emergentes atraíram US$ 43,4 bilhões em novembro, dos quais US$ 14,8 bilhões foram para ações e US$ 28,6 bilhões, para dívida. As estimativas são do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), conforme pesquisa mensal divulgada nesta quarta-feira.
O fluxo positivo encerra uma sequência de três meses de saída de capital, como resultado de ingresso de US$ 32,9 bilhões aos mercados emergentes excluindo China, de acordo com o levantamento.
As ações e os títulos chineses tiveram fuga de US$ 3,7 bilhões no mês passado. "Isto marca uma clara bifurcação entre a China e o resto dos mercados emergentes, sugerindo uma mudança no sentimento dos investidores", ressalta o IIF.
A instituição atribui o movimento a um cenário mais benigno de inflação, que abrem espaço para perspectivas de juros menores à frente.
Há ainda um desempenho positivo da dívida em moeda local, embora o fim do repique dos juros dos Treasuries force ativos emergentes a competirem com títulos livres de risco, segundo o IIF. "As ações dos emergentes fora China também se beneficiaram de uma melhor desempenho dos mercados desenvolvidos, com uma entrada total de US$ 14,2 bilhões em novembro", pontua.
O Instituto avalia que os retornos de emergentes dependerão da economia dos EUA em 2024. A tendência é de que a atividade americana forte e um rápido processo de desinflação favoreçam esses mercados, enquanto os fluxos para a China podem ser pressionados por riscos geopolíticos, ressalta o IIF.