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Imagens de supernova podem ajudar a testar teoria de Einstein

Um grupo de astrônomos acredita que pode usar as imagens de uma supernova (corpo celeste produzido pela explosão de uma estrela), captada pelo telescópio espacial Hubble, para testar a Teoria da Relatividade de Einstein e para medir a taxa de expansão do Universo.

O efeito conhecido como “lente gravitacional”, causado por um fenômeno cósmico que faz com que a luz seja “curvada”, gerou quatro imagens diferentes da supernova. Segundo cientistas, é esse sistema de “luz curva” que pode auxiliar estudos sobre a teoria de Einstein. A descoberta foi publicada na quinta-feira, 5, na revista Science.

A “lente gravitacional” funciona como um gigantesco telescópio natural. O fenômeno astronômico ocorre quando dois objetos se alinham em relação à Terra. A luz da fonte mais distante (a supernova) é defletida pela gravidade da fonte mais próxima (uma grande galáxia). Assim, forma-se uma espécie de lente imensa que amplia a luz da supernova.

“A luz é vista em quatro imagens, configuradas como uma cruz em torno da galáxia. É a chamada Cruz de Einstein, em homenagem ao físico que foi o primeiro a prever o fenômeno há cem anos”, disse Anja von der Linden, pós-doutoranda no Instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhague.

Uma supernova com quatro imagens é algo inédito, segundo cientistas. Eles tentavam encontrá-la há pelo menos 50 anos. “Fiquei empolgado quando observei as quatro imagens. Foi uma surpresa”, disse Patrick Kelly, da Universidade da Califórnia, que achou a supernova em uma busca de rotina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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