Democratas convidaram imigrantes e estrangeiros para o primeiro discurso do presidente Donald Trump no Congresso como parte de um esforço para dar um rosto a um grupo que pode ser afetado pelas políticas do republicano.
Congressistas tipicamente têm direito a levar um convidado para discursos presidenciais como o que ocorre na terça-feira. Os convites geralmente são usados com membros da família, amigos ou pessoas do domicílio eleitoral dos políticos. Para enviar uma mensagem a Trump, os democratas decidiram convidar pessoas como o médico iraquiano que descobriu altos níveis de chumbo no sangue de crianças em Flint, no Michigan; outro médico nascido no Paquistão que atende pacientes em estado grave em Rhode Island e a filha norte-americana de um refugiado palestino que ajuda pessoas a irem para os Estados Unidos.
“Eu quero que Trump veja o rosto de uma mulher, o rosto de uma muçulmana, e o rosto de alguém cuja família contribuiu para este país apesar de eles terem chegado como refugiados”, disse o deputado Luis Gutiérrez, cuja convidada será a advogada especializada em imigração Fidaa Rashid, de Chicago.
Logo após assumir o poder, Trump emitiu um decreto banindo temporariamente todas as entradas aos Estados Unidos por parte de pessoas de sete países de maioria muçulmana e parando completamente o programa de refugiados dos Estados Unidos. A medida causou confusão pelo mundo, com dúvidas sobre quais pessoas eram atingidas, até que uma corte barrou a ordem.
Trump afirmou que ele vai emitir nova ordem com pontos similares.
Uma das pessoas atingida pelo decreto de Trump foi Sara Yarjani, uma estudante universitária de 35 anos que vive na Califórnia. Ela foi detida no aeroporto internacional de Los Angeles por cerca de 23 horas antes de ser enviada de volta à Viena, na Áustria, onde ela tinha ido visitar a família. A estudante pode voltar às aulas depois que um juiz barrou a implementação da medida de Trump. Ela deve acompanhar o discurso presidencial como convidada da deputada Judy Chu. Fonte: Associated Press.