Grandes veículos da imprensa pelo mundo mostravam em geral surpresa com a vitória do republicano Donald Trump. Nos EUA, o New York Times e o Washington Post tinham o mesmo título em seus sites, em grandes letras: “Trump triunfa”. O NYT destaca o fato de um nome de fora do círculo político tradicional do país conseguir aproveitar o descontentamento do eleitorado para vencer. O Post aponta a vitória do republicano sobre a democrata Hillary Clinton como “impressionante”.
“Uma campanha traumática produz um final chocante, com Trump vitorioso”, diz o Washington Post em um de seus títulos na capa do site. Na avaliação do Wall Street Journal, o “outsider” do Partido Republicano conseguiu uma “vitória histórica”. O Journal também aponta a ascensão de Trump como um repúdio do eleitorado norte-americano ao status quo da política nacional.
Na França, o Le Monde destaca que a vitória de Trump contrariou os prognósticos. O jornal aponta ainda informação do The United States Elections Project, que tem avaliação preliminar de que a taxa de comparecimento neste ano seria mais baixa que na eleição anterior no país. “Donald Trump, o herói da América branca e rural”, diz o jornal em outro título sobre a corrida eleitoral americana. No Le Figaro, o destaque foi para o fato de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, felicitou Trump, enquanto o governo de Berlim previu tempos “mais difíceis”. O Figaro traz ainda um vídeo no qual quatro economistas avaliam a possível reação dos mercados internacionais à vitória do republicano.
No espanhol El País, além da informação em destaque da eleição de Trump, o site destaca um perfil do “magnata que conquistou a presidência”. “Os republicanos controlarão as duas Câmaras legislativas”, lembra também o jornal. O El Mundo deu ênfase para a vitória de Trump “contra todos” e também o fato de que Hillary “fracassa com mulheres e latinos”. Na Alemanha, o Süddeutsche Zeitung apresenta a vitória de Trump como “um ponto de inflexão para os EUA e o mundo”. Na avaliação do Frankfurter Allgemeine, os norte-americanos podem ter decidido por “um experimento”, tamanho o desagrado gerado pela rival democrata.
Na América Latina, o Clarín destaca na Argentina a promessa de Trump de “renovar o sonho americano”, em seu primeiro discurso como vitorioso. O La Nación destaca a fala pela união realizada por Trump e também o fato de que as pesquisas não conseguiram prever a vitória do republicano. Na Colômbia, o El Tiempo diz que o republicano “arrasa e chega à Casa Branca”, com uma vitória do “antipolítico” nessa corrida eleitoral dos EUA.