Estadão

Imprensa internacional repercute prisão de suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Veículos de comunicação internacionais repercutiram a prisão de três suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL). Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O crime aconteceu em 2018.

O jornal britânico <i>The Guardian</i> destacou em seu site que "dois políticos poderosos" e o ex-chefe da polícia do Rio de Janeiro foram presos, e que os papéis precisos dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa não estavam imediatamente claros. Na manhã de hoje, a nota constava na página inicial e estava entre as mais lidas do site do jornal. "Relatos locais afirmavam que Ronnie Lessa havia acusado Barbosa de autorizar o assassinato e garantir que os mentores nunca seriam pegos", diz a reportagem.

A Associated Press, que fornece notícias para diversos veículos de mídia ao redor do mundo, destacou que a prisão dos três suspeitos representa "um passo muito aguardado após anos de clamor da sociedade por justiça". A agência de notícias Reuters lembrou que Marielle era uma voz crítica sobre a violência policial no Rio de Janeiro e que "sua morte desencadeou protestos em todo o país por brasileiros cansados da violência endêmica".

A Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a operação Murder Inc. e prendeu os três suspeitos na manhã deste domingo, 24, no Rio de Janeiro. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na capital carioca expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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