A CAMPANHA do Corinthians impressiona neste início de Campeonato Brasileiro. É uma performance é muito semelhante à do técnico Tite em 2015, quando o Alvinegro venceu nove partidas e um empate nas dez primeiras rodadas daquele ano, quando a equipe levantou a última taça do torneio nacional.
SÓ O TEMPO…
SE SERÁ campeão é um longo caminho, ainda mais porque nos próximos dias terá de dividir as atenções com a Copa Sul-Americana. No entanto, é inegável que o time tem padrão tático, valores individuais e vontade de vencer. Toma poucos gols e tem feito muitos em alguns jogos, como diante do Vasco, no Rio, quando fez 5 a 2.
BAURU CAMPEÃO
DE FORMA heroica, o Bauru faturou neste sábado o título da nona edição do Novo Basquete Brasil (NBB). Após sair perdendo a série decisiva por 2 a 0, os bauruenses iniciaram a virada, fechada com uma vitória incontestável por 92 a 73 diante do Paulistano, em duelo disputado no ginásio Gigantão, em Araraquara. Este é o segundo título nacional da cidade no basquete, que foi campeã no Brasileiro na fase CBB em 2002.
MAIS BASQUETE
FALANDO EM basquete, temos de lembrar que neste ano completamos três décadas da façanha brasileira do Pan de Indianápolis. Na final do torneio masculino do Pan, em 23 de agosto de 1987, entre os donos da casa e o Brasil, Oscar, Marcel e companhia calaram o mundo ao derrotarem os inventores da “Bola ao Cesto” pela primeira vez em seu território: 120 a 115. Ouso a dizer que é a maior conquista do esporte brasileiro em todos os tempos!
INIGUALÁVEL
EU TINHA somente 14 anos na data desta final. Mas me lembro como se fosse hoje, 30 anos depois dessa façanha inigualável na história do esporte da bola laranja. Os EUA estavam soberanos naqueles Jogos e aquela decisão era apenas uma formalidade. Tanto que os organizadores sequer tinham levado o hino nacional para o ginásio – após a vitória, o escrete verde-e-amarelo teve de esperar quase duas horas para a realização da cerimônia, pois tiveram de correr atrás do nosso hino (que vexame!).
MIRA A LASER
APÓS OS EUA vencerem a etapa inicial por 14 pontos à frente, em ritmo de treino, os inspirados Oscar e Marcel começaram a “encestar” da linha dos três pontos – regra que havia começado avaler quatro anos antes. O nosso Mão Santa fez nada menos que 7 cestas de 3 pontos na etapa final e acabou o jogo com incríveis 46 pontos marcados. E o nosso coadjuvante mais protagonista da história marcou 31 pontos. Final: 120 a 115. Vencemos os “imbatíveis”!
DEU NA MÍDIA
Uma data para ficar marcada na história do esporte brasileiro. No dia seguinte, o The New York Times publicou uma foto enorme de Marcel comemorando a conquista. Algo impensável para os editores do maior jornal do planeta. Três décadas depois, temos de reverenciar os nossos campeões. O Brasil fora bicampeão mundial (1959 e 1963), mas o título do Pan de 1987 não se compara a nada visto antes.
ESCALAÇÃO FINAL
CLARO QUE essa épica conquista não resolveu os nossos problemas. Mas nos mostra que podemos superá-los quando temos gana, garra, talento e vontade de vencer. Parabéns aos nossos heróis!: Guerrinha (2 pontos na final), Marcel (31), Oscar (46), Gerson (12) e Israel (12). Depois: Paulinho Villas Boas (7), Rolando (0), Cadum (8) e Pipoka (2). Técnico: Ari Vidal.
DE VOLTA…
O PARMA, tradicional clube italiano que faliu há dois anos, ressurgiu neste final de semana com a conquista da Série C do Campeonato Italiano. O time, que rivalizava com Juventus, Inter e Roma até a década de 2000 pelos principais títulos do país da bota, agora tenta confirmar a volta por cima na Segundonda de 2018, quando tentará voltar á elite em 2019. Boa sorte!
FRASE DA SEMANA
“Entramos para perder de pouco naquelapartida”
Marcel, em entrevista ao jornalista Pedro Bial, sobre a final de Indianápolis, em que o Brasil sagrou-se campeão pan-americano ao bater os EUA por 120 a 115.