Inadimplência sobe 71% no ensino superior de SP

A inadimplência nas escolas de ensino superior no Estado de São Paulo cresceu 71,1% na primeira quinzena de abril, em relação ao mesmo período do ano passado. O dado é de pesquisa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), feita com cerca de 200 instituições. "Isso tem preocupado as instituições", diz Rodrigo Capelato, diretor do Semesp.

Ele acredita que a primeira onda de inadimplência se deve à restrição de renda e diz que esse aumento se refere a alunos que deixaram de pagar a mensalidade de abril. É um "primeiro cheiro" da situação do calote nas escolas, diz. Ele acredita que o quadro ficará mais claro no próximo mês.

Capelato já pondera que muitas instituições não terão caixa para bancar desconto linear para todos os alunos e recomenda que negociem abatimentos caso a caso. Outra recomendação é ter cuidado nas negociações de redução de salários e jornada. Quanto à inadimplência acima de 90 dias, a taxa média deve subir para 10,6% em 2020, ante 9,5% no ano passado, segundo o Semesp.

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