Um incêndio de grandes proporções destruiu um armazém açucareiro na tarde deste domingo, 3, no Porto de Santos. As chamas começaram a ser observadas por volta das 16 horas no armazém externo de número cinco e, por intermédio das esteiras atingiram o Armazém 10 externo, que foi inteiramente destruído. De acordo com a Rumo Logística, empresa do Grupo Cosan, cerca de 100 funcionários trabalhavam no local no momento da ocorrência, mas ninguém ficou ferido.
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas, mas a Guarda Portuária, que acompanhou tudo de perto, acredita que o forte calor de domingo pode ter contribuído para o superaquecimento das esteiras. A Base Aérea de Santos chegou a registrar 34 graus no início da tarde de domingo. Os portuários que trabalhavam ao longo do cais observaram as primeiras chamas por volta das 15h30, no armazém externo 5, que logo foram conduzidas pelas esteiras para o armazém 10. Um navio que estava atracado no local teve de ser retirado às pressas.
O fogo demorou a ser debelado, apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros e até a manhã desta segunda-feira, 4, seis equipes trabalhavam no rescaldo, a fim de impedir que novos focos de incêndio surgissem no local. Não havia previsão para o término dos trabalhos, que deveriam prosseguir pelo dia inteiro. É a segunda vez, em menos de um ano, que um incêndio de grandes proporções ocorre no Porto de Santos, o maior da América Latina. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a Cosan, empresa responsável pelo terminal, os danos foram totais para a esteira e para o armazém açucareiro, que não têm mais condições de funcionamento.