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Incompetente, PT joga dinheiro do povo no lixo

Quem nunca suou a camisa para ganhar o pão de cada dia, muitas vezes, não consegue dar valor ao dinheiro que tem para gastar. É mais ou menos isso que ocorre com a Prefeitura de Guarulhos, que tem um orçamento bilionário, mas que gasta mal o dinheiro arrecadado.


Trata-se de um evidente problema de falta de competência de quem está no poder já há 12 anos e se caracteriza por fazer obras com utilização duvidosa pela população. Exemplos não faltam. Impossível esquecer o desperdício no Viaduto Cidade de Guarulhos, numa construção faraônica que – o tempo confirmou isso –, de tão mal feito, não resolveu os problemas de acesso à região central. O Trevo do Bonsucesso, reformulado por esse governo em 2004, além de não sanar os nós viários daquela região, é até hoje um mico no sistema de trânsito.


A receita da administração do PT se perpetua e é seguida à risca pelo atual prefeito, que não faz outra coisa que não seja campanha antecipada à reeleição. Tanto é assim que as obras em curso e inauguradas não são voltadas aos reais interesses da população. O dinheiro que deveria ser voltado à educação é jogado em obras a perder de vista. Fizeram um megateatro na região da Ponte Alta, que encontra-se fechado desde o ano passado por causa de problemas no sistema de ar condicionado. Um equipamento cultural que usou verbas carimbadas para a educação.


A rodoviária de Guarulhos é outro exemplo de dinheiro jogado fora. Uma obra que custou R$ 19 milhões de verbas públicas não resiste ao primeiro vento mais forte. Só não ocorreu uma tragédia ali nesta semana por um motivo bastante simples: o equipamento não tem utilidade prática. Vive às moscas. Fosse utilizado pela população e o desabamento do teto inaugurado no ano passado resultaria em feridos e até mortos. Não dá para aceitar que uma construção desse porte se desmanche. Isso é irresponsabilidade.


Os CEUs seguem a mesma linha. Belas construções com dinheiro da educação que não encontram uso adequado para o fim maior. Há distorções evidentes na aplicação dos recursos e utilização desses equipamentos. No Pimentas, o centro de educação – que deveria ser voltado à formação de base – empresta salas para a Unifesp, uma universidade federal, que também segue fora do contexto do município, conforme atestam seus próprios estudantes, que estão em greve devido às precárias instalações do local.


Há muitos outros exemplos que só evidenciam o descaso e falta de competência desse prefeito, que joga dinheiro fora justamente pelo fato de não saber o que é trabalhar. Não tem a mínima ideia de quanto é necessário suar para conquistá-lo. Ou seja, vive em um mundo completamente diferente da população.


 


Carlos Roberto de Campos


Empresário, suplente de deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras.

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