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Incor Criança divulga dados sobre a cardiopatia congênita no Brasil

(Instituto do Coração da Criança e do Adolescente do Ceará)
Em maio de 2016, o (Instituto do Coração da Criança e do Adolescente do Ceará (Incor Criança) divulgou um compilado de dados acerca da ocorrência de cardiopatias congênitas em bebês recém-nascidos. “Cardiopatia congênita” é uma denominação genérica para diversas possíveis anormalidades que podem acometer o bebê no momento de seu nascimento.
 
Segundo pesquisa especializada realizada em abril de 2015, fonte para o relatório Incor de cardiopatias congênitas, 9 em cada 1000 nascidos no Brasil têm alguma anormalidade cardíaca, somando um total de 25.757 bebês que todos os anos vêm ao mundo com cardiopatias.
 
O compilado de dados do Instituto do Coração ainda aponta que, no Brasil, 6% das mortes em bebês menores de um ano são causadas por cardiopatias congênitas. Além disso, a presença de anomalias cardiovasculares tende a causar atrasos e défices cognitivos em até 30% dos quase 26 mil bebês diagnosticados com o problema.
 
Ainda assim, 95% dos nascidos e diagnosticados com cardiopatias congênitas não-críticas sobrevivem até os 18 anos de idade, segundo relatório do Incor. 
 
Outro dos problemas apontados nos dados compilados pelo Incor é a falta de investimentos públicos em correções cirúrgicas em casos de cardiopatia congênita. A grande maioria das cirurgias é realizada com investimento privado por parte da família.
 
Nas regiões mais pobres do país, onde a possibilidade de investimento privado em cirurgias de correção é ainda menor, a incidência de cardiopatias congênitas é considerada maior. 
 
E sem o suporte governamental para o tratamento, a mortalidade também cresce – a exemplo do Ceará, onde o défice para procedimentos cirúrgicos relacionados a essas anomalias chega a 49%.
 
Entendendo para prevenir
Para prevenir-se da ocorrência de cardiopatias congênitas no seu bebê recém-nascido, é extremamente importante estar bem informado e entender como funcionam suas diferentes variações.
 
A melhor maneira de manter-se alerta ao surgimento de alguma possível anormalidade cardíaca no seu bebê é realizando o pré-natal com rigorosidade. Somente o acompanhamento médico adequado poderá diagnosticar com antecedência o aparecimento da cardiopatia e preparar a mãe e a equipe médica para uma possível intervenção após o nascimento.
 
Essa preparação é crucial para que as chances de sucesso e sobrevivência do bebê cheguem perto de 100%.
 
As principais cardiopatias congênitas que acometem os bebês recém-nascidos no Brasil são o ducto arterioso persistente, a tetralogia de Fallot, transposição dos grandes vasos e o coração hipoplásico.
 
No ducto arterioso, o sangue passa a contornar os pulmões do bebê, o que impede que o oxigênio circule corretamente. A tetralogia de Fallot é a combinação de quatro diferentes anormalidades cardíacas que ocorrem simultaneamente.
 
Na ocorrência da transposição dos grandes vasos, o sangue do lado esquerdo e direito do coração se misturam, o que não deveria ocorrer. O coração hipoplásico consiste em uma má formação de um dos lados do músculo.
 
Todas essas cardiopatias congênitas exigem intervenção cirúrgica para garantir o funcionamento adequado do coração e a qualidade de vida do seu bebê. Boa parte delas ocorre antes do primeiro ano de vida.
 
Também é preciso estar atento ao desenvolvimento do bebê nos primeiros meses. Nem todas as cardiopatias congênitas podem ser avistadas e diagnosticadas durante a gestação e logo após o nascimento, deixando para se manifestar algum tempo depois.
 
Ao avistar sintomas como cansaço excessivo, dificuldades em mamar, pele com coloração azulada, respiração muito acelerada e infecções pulmonares muito recorrentes, não hesite em procurar seu pediatra para um diagnóstico mais preciso da condição do seu bebê.
 
Após o diagnóstico e uma possível cirurgia de correção cardíaca, é importante ter alguns cuidados com a criança durante seu desenvolvimento, tanto físico como psicológico.
 
A prática de esportes deve ser analisada e recomendada pelo pediatra para se adequar à condição da criança. Privá-la de algumas atividades será inevitável, porém é essencial que, enquanto cresce, a criança não se sinta excluída por sua condição. Um acompanhamento psicológico é muito recomendado para encontrar as maneiras corretas de lidar com a anormalidade cardíaca de seu filho
 

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