Indústria ainda opera 27,7% abaixo do pico alcançado em maio de 2011, diz IBGE

A alta de 8,9% registrada pela indústria em junho ante maio diminuiu a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, o patamar de produção em junho estava 27,7% menor que o auge alcançado em maio de 2011.

"Claro que é um resultado positivo, e ele avança (em junho) com espalhamento entre as atividades. A leitura é de volta gradual da produção, depois das paralisações, especialmente no mês de abril. Mas ainda são avanços que ocorrem sobre uma base de comparação baixa. As perdas da pandemia ficam muito evidentes quando a gente confronta meses de 2020 com os meses de 2019. A indústria ainda opera em patamar muito baixo", frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Os bens de capital operavam 52,5% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens intermediários estavam 24,4% aquém do auge registrado em fevereiro de 2011. Os bens de consumo duráveis rodavam 56,0% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013, e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis estavam 19,9% aquém do ápice visto também em junho de 2013.

Apesar dos avanços em maio e junho, a indústria ainda ficou 13,5% abaixo do patamar em que estava no mês de fevereiro, antes que tivesse início no País a crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Entre as categorias de uso, bens de capital chegaram a junho 27,1% abaixo do nível de fevereiro, enquanto bens intermediários estão 9,7% aquém do período pré-covid.

Os bens de consumo duráveis estão 40,1% abaixo do patamar de fevereiro, e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis operam 9,4% aquém.

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